21 de dez. de 2007


Ausente

Ele dorme ausente dos meus olhos abertos,
guarda para si paisagens que desejo sonhar.
Sob pálpebras alvas de tecido sonolento
percebo o claro volume genital do seu olhar.
Desejo amparo de algum sono,
quero fugir do olho molhado, vermelho,
recém-acordado,
intumescido de sono e que me espia chorar.
Helga Holtz

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