Por esta solidão, que não consente
Nem do sol, nem da lua a claridade,
Ralado o peito pela saudade
Dou mil gemidos a Marília ausente:
De seus crimes a mancha inda recente
Lava Amor, e triunfa da verdade;
A beleza, apesar da falsidade,
Me ocupa o coração, me ocupa a mente:
Lembram-me aqueles olhos tentadores,
Aquelas mãos, aquele riso, aquela
Boca suave, que respira amores...
Ah! Trazei-me, ilusões, a ingrata, a bela!
Pintai-me vós, oh sonhos, entre as flores
Suspirando outra vez nos braços dela!
Bocage
3 comentários:
Eu me surpreendi com algus sonetos do Bocage,
beijos e bom dia!
Se amar-te foi um pecado,
então já estou sentenciado.
Meu corpo já não me pertence,
minha mente foi subjugada,
pertinaz, só tenciona ter-te.
Espero de Deus, apenas piedade
quando penitente eu morrer de amor
tenha da minha dor, compaixão
e absolva o espírito deste homem
que em desatino para ti entregou:
o corpo, a alma e o coração!
Valter Montani
beijos e bom dia!
Se amar-te foi um pecado,
então já estou sentenciado.
Meu corpo já não me pertence,
minha mente foi subjugada,
pertinaz, só tenciona ter-te.
Espero de Deus, apenas piedade
quando penitente eu morrer de amor
tenha da minha dor, compaixão
e absolva o espírito deste homem
que em desatino para ti entregou:
o corpo, a alma e o coração!
Valter Montani
lindo poema Valter, obrigada por compartilhá-lo. Bjo
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