26 de mai. de 2010

Por esta solidão, que não consente
Nem do sol, nem da lua a claridade,
Ralado o peito pela saudade
Dou mil gemidos a Marília ausente:

De seus crimes a mancha inda recente
Lava Amor, e triunfa da verdade;
A beleza, apesar da falsidade,
Me ocupa o coração, me ocupa a mente:

Lembram-me aqueles olhos tentadores,
Aquelas mãos, aquele riso, aquela
Boca suave, que respira amores...

Ah! Trazei-me, ilusões, a ingrata, a bela!
Pintai-me vós, oh sonhos, entre as flores
Suspirando outra vez nos braços dela!

Bocage

3 comentários:

valterpoeta.com disse...

Eu me surpreendi com algus sonetos do Bocage,
beijos e bom dia!

Se amar-te foi um pecado,
então já estou sentenciado.
Meu corpo já não me pertence,
minha mente foi subjugada,
pertinaz, só tenciona ter-te.
Espero de Deus, apenas piedade
quando penitente eu morrer de amor
tenha da minha dor, compaixão
e absolva o espírito deste homem
que em desatino para ti entregou:
o corpo, a alma e o coração!

Valter Montani

valterpoeta.com disse...

beijos e bom dia!

Se amar-te foi um pecado,
então já estou sentenciado.
Meu corpo já não me pertence,
minha mente foi subjugada,
pertinaz, só tenciona ter-te.
Espero de Deus, apenas piedade
quando penitente eu morrer de amor
tenha da minha dor, compaixão
e absolva o espírito deste homem
que em desatino para ti entregou:
o corpo, a alma e o coração!

Valter Montani

Claudia Regina disse...

lindo poema Valter, obrigada por compartilhá-lo. Bjo