“Ó! céu desenrolado sobre mim! Céu claro e profundo! Abismo de luz!
Ao contemplar-te estremeço de divinos desejos!
Elevar-me à minha altura: eis a tua profundidade! Cobrir-me com a tua pureza: eis a minha inocência!
O deus oculto na sua beleza: assim ocultas as tuas estrelas. Não falas: assim me anuncias a tua sabedoria.
Mudo surgiste para mim sobre o fervente mar: o teu amor e o teu pudor revelam-se à minha alma fervente.
Belo, vieste a mim, velado na tua beleza; mudo, falas-te-me, revelando-te na tua sabedoria: ó! como pude eu não adivinhar todos os pudores da tua alma! Antes do sol vir até a mim, o mais solitário.(...)
Nietzsche, in "Assim Falava Zaratustra"
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