19 de mai. de 2009


A curva dos teus olhos
dá a volta ao meu peito
É uma dança de roda e de doçura.

Berço noturno e auréola do tempo,
Se já não sei tudo o que vivi
É que os teus olhos não me viram sempre.

Folhas do dia e musgos do orvalho,
Hastes de brisas, sorrisos de perfume,
Asas de luz cobrindo o mundo inteiro,
Barcos de céu e barcos do mar,
Caçadores dos sons e nascentes das cores.

Paul Éluard

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